Um executivo desequilibrado e perigoso para os profissionais a seu redor

Mesmo demitido por sérios casos de assédio sexual contra empregadas da Caixa, as denúncias contra o ex-presidente da entidade, Pedro Guimarães, não param.
Ontem, o portal Metrópoles traz novos casos de assédio moral, igualmente assustadores. Os abusos revelam abuso de poder, com atitudes de intimidação, inclusive contra altos funcionários, integrantes da direção do banco.
A nova reportagem traz gravações que mostram o ex-executivo alterado, aos gritos, com linguagem grosseira e chula ao se dirigir a subordinados.
Os motivos da irritação praticamente nunca estavam ligados a questões institucionais, mas muitas vezes a interesses pessoais, como quando o Conselho da Caixa estabeleceu limites ao presidente em nomeações a conselhos do próprio banco e de empresas ligadas a ele. A mudança na norma limitava ganhos que o próprio Pedro Guimarães podia ter. Como presidente, segundo a reportagem, ele chegou a integrar 18 conselhos, pelos quais recebia jetons da ordem de R$ 130 mil, além do salário regular de R$ 56 mil. Sentindo-se prejudicado com a alteração, sua reação foi furiosa. Ele ainda pede que um assessor anote o CPF de todos que participavam da reunião, feita em conferência, para puni-los caso informações daquele evento vazasse.
As novas denúncias dão conta de surtos, com socos em aparelho de TV pelo fato de o aparelho estar com alteração no som. Relatos contam que ele chegou a danificar computador e arremessar um celular funcional contra a parede, além de outros acessos de raiva. As palavras de Pedro Guimarães são de tão baixo calão que não podem sequer ser escritas aqui, mas podem ser conferidas nos áudios da reportagem do portal Metrópoles.