Ultratividade: nossos direitos ameaçados

Publicado em: 22/06/2022
Ultratividade: nossos direitos ameaçados

PLR, valorização do salário, vale-alimentação, vale-refeição, auxílio-creche. Estes e todos os outros direitos dos bancários, conquistados em décadas de luta e organização, estão ameaçados. Isto porque foi extinta a ultratividade, princípio que garantia a manutenção de todos os direitos clausulados em um Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho até sua renovação na mesa de negociação entre patrões e trabalhadores.


O fim da ultratividade coloca os direitos dos bancários em risco a partir de 31 de agosto, já que a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vale até aquela data (a data-base da categoria é 1º de setembro).


Diante disto, a Campanha Nacional dos Bancários de 2022 (campanha salarial) foi adiantada para que, em setembro, tanto a CCT quanto os acordos coletivos de trabalho da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil estejam assinados.


O fim da ultratividade é um ataque frontal aos direitos dos trabalhadores, legalizado na reforma trabalhista, uma lei concebida pelo lobby empresarial e na esteira do golpe de 2016.


Durante sua tramitação, seus defensores alegavam que a flexibilização dos direitos trabalhistas resultaria na geração de seis milhões de empregos, o que não se confirmou, já que, passados quase cinco anos da sua entrada em vigor, existem mais de 11 milhões de desempregados no país.