Tarifas bancárias chegam a R$ 53,9 bi

O Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Santander continuam enchendo os cofres e conseguiram arrecadar R$ 53,931 bilhões com receitas de tarifas e prestação de serviços nos primeiros nove meses de 2011. Aumento médio de 13,52%, se comparado com o mesmo período de 2010. Os dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) confirmam que as organizações financeiras pertencem ao setor mais lucrativo da economia brasileira. Mesmo assim, os bancos ainda se recusam a atender a reivindicação dos bancários de isenção das tarifas de transferências de recursos (DOC/TED), para reduzir a circulação de dinheiro, o que combateria a saidinha bancária.

Os valores cobrados nas tarifas de transferências por meio de DOC ou TED oscilam de acordo com a forma usada pelos clientes (presencial, eletrônica ou internet). Se a transação for feita diretamente no caixa, no modo presencial, em quase todos os bancos o preço varia de R$ 13,50 a R$ 20,00, baseado nos dados do sistema de divulgação de tarifas de serviços financeiros da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Para não pagar as altas tarifas, muitos clientes preferem fazer saques, o que acarreta na exposição aos bandidos, já que a segurança de clientes e bancários não é prioridade dos banqueiros. Em 2011, 49 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos no Brasil, sendo que 32 morreram em saidinha bancária.