SOS Petrópolis - SindBancários Petrópolis se reúne com FENABAN

Na última sexta-feira, 25/02, o SindBancários Petrópolis se reuniu com a FENABAN e representantes do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander, para tratar das questões relativas à tragédia do dia 15/02.
Iniciando a reunião, o representante da FENABAN falou das ações relativas às demandas do sindicato, como os contatos individualizados a cada bancário e bancária, com o intuito de saber como estão e do que precisam, tanto material quanto emocionalmente. Falou que existem Comitês de Crise em cada banco e que esses se dedicaram a esse trabalho, mas que encontram dificuldade, porque muitos não estão atendendo as ligações, possivelmente por não reconhecer o número de telefone. Mas que estão fazendo contato também pelo Whatsapp e, assim, obtendo mais sucesso. Alvarenga disse que o contato via Whatsapp pode servir como um meio de conseguir contato, mas que não deva ser utilizado para a conversa em si. “As bancárias e bancários estão muito abalados emocionalmente, alguns perderam familiares, amigos… O Whatsapp pode ser utilizado como uma ferramenta para conseguir o contato, mas o tratamento da questão em si, tem que ser feito de uma forma mais pessoal e humana”, disse Alvarenga que cobrou também que esse contato seja feito aos terceirizados, como os vigilantes e o pessoal da limpeza e conservação. “Não sei se o próprio banco deva fazer o contato ou se é a empresa terceirizada que presta serviços ao banco. Mas, pelo fato dos bancos serem corresponsáveis, isso é algo que deve ser feito”. O representante da FENABAN lembrou que a Caixa e o BNDES lançaram linhas de créditos especiais para Petrópolis, conforme solicitado pelo sindicato e, em seguida, os representantes de cada banco falaram das suas ações individuais.
Alvarenga reforçou a crítica que havia feito na reunião da segunda, dia 21/02, de que essa reunião deveria ter acontecido um ou dois dias após a tragédia e não 10 dias depois. Salientou que os bancos também possuem uma responsabilidade social e que, em tragédias como essa, devem ter uma postura mais célere e responsável. Que esses comitês de crise precisam ser aperfeiçoados e que suas ações, visando atender e ajudar as demandas da cidade atingida, das agências e de seus funcionários, devem ser imediatas. Alvarenga também falou da cobrança das metas, que devem ser reavaliadas, por conta do impacto econômico na cidade. “Grande parte dos comerciantes e empresários da cidade tiveram seu negócio atingido e a recuperação da economia local levará semanas e até mesmo meses. As metas precisam ser reavaliadas, assim como a pressão na cobrança delas aos bancários precisam ser refletidas e humanizadas”.
Por fim, o representante da FENABAN disse que o canal de comunicação com o sindicato seguirá aberto e que continuarão trabalhando para ajustar o que for possível e necessário.