Santander seduz universários e não respeita funcionários

O Santander Brasil  está de olho na perspectiva de incremento do número de estudantes de ensino superior no país e no alto nível de fidelização alcançado com o universitário como cliente.

Isso porque, segundo as estatísticas das principais instituições financeiras, em média 80% dos universitários se tornam correntistas regulares da mesma institui-ção depois que encerram os estudos.

O banco não brinca na hora de investir nesse público e mantém os benefícios das contas universitárias, como as tarifas baixas, por três anos após o estudante sair da faculdade.

O Santander especializou-se no setor com a compra do Real, há dois anos, pois a instituição já era uma das referências na área. Juntando as duas carteiras, o Santander tem hoje cerca de 1,1 milhão de contas universitárias. Esse número chama atenção, já que são 5,8 milhões os estudantes de ensino superior no Brasil, conforme revela o último Censo da Educação Superior realizado pelo Minis-tério da Educação.

O líder, entretanto, é o Banco do Brasil, com 1,3 milhão de clientes. Mas o grupo espanhól investe para alcançar o topo desse ranking, contando com uma rede de instituições parceiras em constante ampliação, somando 520 faculdades.

Outro recurso do Santander é pressionar seus funcionários para trabalharem à noite nas universidades, sem o respeito à legislação e aos direitos dos trabalhadores.

A Contraf-CUT vai questionar essa postura do grupo no próximo dia 18, em São Paulo, em reunião específica sobre condições de trabalho.