Santander quer lucrar à custa de cortes de direitos trabalhistas e redução dos rendimentos dos trabalhadores

Publicado em: 30/11/2021
Santander quer lucrar à custa de cortes de direitos trabalhistas e redução dos rendimentos dos trabalhadores

Os lucros sempre crescentes obtidos pelo Santander no Brasil não são suficientes para reduzir o ímpeto do banco espanhol, que está criando empresas para realocar seus funcionários das áreas de tecnologia da informação, call center e comercial, numa onda de terceirizações de serviços bancários para reduzir seus custos e aumentar ainda mais seus lucros. 


Os trabalhadores continuam realizando as mesmas tarefas, mas são registrados nestas outras empresas criadas pelo banco, com o único objetivo de deixar de pagar direitos conquistados pela categoria bancária.



“O Santander demonstra mais uma vez que não reconhece e nem valoriza os funcionários, que são os grandes responsáveis para o banco obter lucros  enormes. Prova disto é a terceirização  dos funcionários para  realizarem serviços bancários mas, com salários e demais verbas trabalhistas menores do que as que são pagas à categoria.”disse o diretor do SindBancários Petrópolis e funcionário do banco, Augusto Quintela.

 

Com a criação de empresas e a realocação de bancários para trabalhar nelas, o Santander promove uma clara interferência na organização sindical dos trabalhadores. A categoria bancária é organizada nacionalmente e, por isso, tem força para lutar pelos direitos e por novas reivindicações dos trabalhadores. 

 

O banco sempre busca enfraquecer a organização dos trabalhadores. “O banco terceiriza seus trabalhadores, retira direitos e salários, enquanto que o trabalho e as metas só aumentam. Além disto, o modo como tem implementado todo o processo escancara sua postura antissindical”, explicou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.