Santander quer ir para a China

O Santander planeja firmar sociedade com o China Construction Bank (CCB), num primeiro passo cauteloso rumo ao preenchimento da lacuna asiática na sua rede de varejo global. Fontes internas do setor bancário na Espanha e na China disseram que o banco se concentrará no sistema bancário rural e no financiamento de automóveis.
Ao contrário dos seus rivais ocidentais, os bancos espanhóis de maior porte têm sobrevivido à crise financeira com saúde relativamente boa e estão ansiosos para se expandir para fora da Espanha na esteira do colapso da bolha imobiliária no país.
Não está claro o quanto será rentável o sistema bancário rural chinês. Pequim tem incentivado bancos nacionais e estrangeiros a estender serviços às vastas zonas remotas, onde milhões de cidadãos não têm nenhum acesso a serviços financeiros.
Entre os bancos estrangeiros até o momento, HSBC, Standard Chartered e Citibank atenderam o chamado de estabelecer operações rurais. A expansão, no entanto, tem sido muito lenta e alguns analistas sugerem que esses bancos abram agências rurais, em grande parte,
para agradar Pequim.
A intenção do governo chinês é que os cidadãos que morem nas áreas rurais sejam atendidos pelos grandes bancos comerciais no lugar das centenas de cooperativas de crédito mal administradas e subcapitalizadas que atualmente operam como bancos locais nessas regiões chinesas.