Santander propõe PPR com valores rebaixados

Publicado em: 23/12/2009
Santander propõe PPR com valores rebaixados

O Banco Santander apresentou ontem uma proposta para o Programa de Participação nos resultados (PPR) com valores rebaixados. O banco quer pagar apenas R$ 1000,00 para os bancários. Para cada um dos seus 26 diretores executivos, no entanto, o Santander pretende distribuir, em média, R$ 8,62 milhões.

Os diretores sindicais presentes na reunião  rejeitaram a proposta, considerada  uma manobra para baixar a PPR e engordar o bônus dos executivos.

Os bancários definiram uma Jornada Nacional de Lutas, a ser realizada entre os dias 28 de dezembro e 8 de janeiro.

Estão previstas atividades em todos os sindicatos do Brasil. No dia 12 de janeiro, a Contraf-CUT vai realizar uma plenária nacional dos dirigentes do Santander e Real, onde serão definidos os próximos passos da mobilização.









Problemas do aditivo



Além do PPR, a proposta global para o acordo aditivo tem diversos outros problemas. O Santander não aceita a constituição de um grupo de trabalho para organizar o processo eleitoral no HolandaPrevi e no Sanprev e nem mesmo assina um termo de compromisso para a manutenção do patrocínio ao HolandaPrevi e Bandeprev.

O Santander também se negou a melhorar o abono indenizatório, que é um dos incentivos para o desligamento dos trabalhadores aposentados que ainda estão na ativa, como forma de evitar demissões e abrir vagas. Menos de 50% do público-alvo aderiu no primeiro semestre. Porém, o banco quer aplicar somente o reajuste de 6%, mantendo, assim, o valor pouco atrativo, o que reduzirá novas adesões.

A unificação do valor do auxílio academia de ginástica também foi negada pelo Santander. Hoje, os trabalhadores nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro e no Distrito Federal recebem até a mensalidade de R$ 60, enquanto os demais, R$ 50, quando os preços são praticamente os mesmos em todo país.



Avanços do aditivo


Nas três rodadas anteriores, os bancários conseguiram alguns avanços no aditivo que agora foram ofuscados com os péssimos resultados da negociação desta terça-feira. Entre eles, a prorrogação da licença remunerada pré-aposentadoria ("pijama") e do abono indenizatório até 31 de agosto do ano que vem e a conquista da licença sem vencimentos de 30 dias para os bancários que têm um parente de primeiro grau internado (cônjuge, pais, filhos e sogros).

O banco também aceitou a extensão do prêmio de dois salários para todos os funcionários que completaram 25 anos de banco até o final de 2008 (oriundos do Santander). O banco informou, no entanto, que este benefício não se estende para os trabalhadores do ex-Bandepe, que teriam recebido uma indenização no processo de fusão com o Real. Diante da alegação da falta de previsão no orçamento, o banco aceitou a proposta das entidades sindicais e pagará o prêmio na forma de um salário no início de 2010 e outro no mesmo período em 2011.


Fonte: Contraf