Resultados das campanhas salariais pioram

A inércia e a omissão do governo Bolsonaro na execução das políticas públicas para amenizar os efeitos da crise econômica aprofundada pela pandemia de Covid-19 só geram prejuízos para o povo. Tudo isso tem refletido negativamente no resultado no quadro dos reajustes salariais de várias categorias.
As campanhas salariais para os trabalhadores com data-base em fevereiro não foram favoráveis. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), cerca de 70% dos reajustes analisados ficaram abaixo do necessário, no comparativo com o INPC-IBGE. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor ficou em 5,53%.
Mesmo assim, proporcionalmente mais categorias conseguiram aumentos reais em fevereiro do que em janeiro. O levantamento aponta a crise sanitária, econômica e política, o desemprego crescente e a inflação maior, principalmente pela alta dos preços de alimentos, como principais motivos para as dificuldades de obter o reajuste necessário para repor as perdas salariais nas negociações.
Os trabalhadores químicos, da construção e mobiliário e da indústria da alimentação tiveram os maiores aumentos reais no ano. Já as negociações com resultados mais negativos foram dos empregados da saúde privada, das comunicações, do turismo e hospitalidade e a dos vigilantes. Os salários, que não eram bons, ficaram piores para bancar as despesas familiares previstas na Constituição Federal.