Resultado de 4 anos do governo Bolsonaro é de desmonte do estado e 14 mil obras paradas

Publicado em: 27/12/2022
Resultado de 4 anos do governo Bolsonaro é de desmonte do estado e 14 mil obras paradas

A situação de desmonte do estado brasileiro e o buraco nas contas da União, que chega a R$500 bilhões após quatro anos de gestão do presidente o Jair Bolsonaro (PL) e do ministro da Economia Paulo Guedes, é muito pior do que imaginava a equipe de transição. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), criticou o desmonte do estado brasileiro. "Mais de 14 mil obras paradas. Isso não é austeridade, isso é ineficiência de gestão. Uma tarefa hercúlea que vem pela frente", destacou. Alckmin, que coordena a transição do novo governo Lula, disse ainda que não há uma única área sequer do país que não tenha sido atingida pela atual gestão que vive seus últimos dias, apontando um quadro que ele descreveu como “difícil e triste”, com a paralisação de obras fundamentais, como construção de escolas, merenda escolar, saneamento básico e urbanização, transportes e centenas de empreendimentos.

Antes mesmo de assumir o governo, o presidente Lula já destinou através da chamada PEC (Projeto de Emenda Constitucional), R$12 bilhões para a educação.

Em relação à saúde, o chefe da transição declarou que o setor vive um retrocesso sem precedentes. "A má condução da gestão fez com que o Brasil tivesse quase 11% das mortes por Covid nessa pandemia", disse, criticando o movimento “anti vacina” de Bolsonaro durante todo o seu mandato. A queda na cobertura vacinal é outra grande preocupação, "veja o caso da poliomielite, por exemplo, onde 50% das crianças não foram vacinadas no reforço. Há um grande desafio pela frente", destacou.

Na área de habitação, o novo programa habitacional “Casa Verde Amarela”, nome dado pelo governo Bolsonaro ao “Minha Casa, Minha Vida” criado no primeiro governo Lula, deixou de fora as famílias mais pobres, aquelas com renda familiar de até R$ 1,8 mil, conhecidas como faixa 1, "praticamente zerou essa faixa, que é a mais importante do ponto de vista social”.

No meio ambiente, os números explicam porque o atual governo deixou de receber dinheiro de fundos internacionais para a área: O relatório aponta aumento de 59% do desmatamento na Amazônia entre 2019 e 2022.

Outra crítica feita pela equipe de transição, foi a flexibilização de armas na atual gestão, o que explica em parte os números recordes de mortes de mulheres.