Privatização: Argumentos usados pelo governo não se sustentam

Publicado em: 22/01/2020
Privatização: Argumentos usados pelo governo não se sustentam

Na semana passada, o Ministério da Economia divulgou a meta de R$ 150 bilhões em privatizações e desinvestimentos para o País. Além da grande repercussão no mercado financeiro, o anúncio motivou a reação de entidades representantes dos trabalhadores em empresas públicas. Elas denunciam a fragilidade dos argumentos para privatização.


O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Ferreira, disse em entrevista ao Valor Econômico que o que está em curso é um processo de fatiamento da Caixa. Segundo ele, está havendo uma privatização disfarçada. Isso deixa o banco enfraquecido ao dividir com o setor privado os ganhos das áreas rentáveis como seguro, loterias e cartões. “Se tirar áreas importantes como essas, você enfraquece o banco. Quem será prejudicada é a população, porque a Caixa terá menor capacidade de atuar”, disse.


Embora a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) liberando de autorização do Congresso a venda de subsidiárias dificulte o quadro, o presidente da Fenae adiantou que o movimento sindical está buscando caminhos jurídicos para tentar barrar os processos em curso.