PLEBISCITO POPULAR
A maioria da sociedade brasileira é formada por empregados (61%) e não por patrões (6%), mas no Congresso Nacional a bancada dos empresários é bem maior: chega a 49% dos parlamentares contra 19% que representam os trabalhadores. As mulheres, que são a metade da população também estão sub-representadas no Legislativo, com apenas 8% das cadeiras da Câmara e 2% das do Senado. Negros e pardos, como se declaram 51% dos brasileiros, reduzem-se a 8% dos parlamentares.
Os dados mostram que o Congresso Nacional está longe de ser um espelho democrático da sociedade e explicam porque pautas importantes para a classe trabalhadora ficam emperradas na Câmara e no Senado. Para mudar esse quadro, os movimentos sociais e sindical defendem a instituição de uma Constituinte com o objetivo específico de fazer a reforma política.Desde o ano passado, movimentos sociais, partidos políticos e entidades de todo o país impulsionam a realização de um Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o sistema político, entre os dias 01 e 07 de setembro de 2014.
Nesta terça-feira, dia 12 de agosto, uma grande mobilização nacional levará o tema às ruas. Em Petrópolis, o SindBancários junto com o Movimento Sindical, se reunirá às 16 horas no auditório da entidade, onde formará um Comitê Popular para a realização do Plebiscito Popular.
A reforma política tem entre seus principais pontos o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais. Hoje as campanhas são milionárias e bancadas por grandes empresas privadas. Quem garante que depois de eleitos esses parlamentares não defenderão os interesses desses grupos ao invés dos interesses do povo? Basta olharmos para a composição do nosso Congresso Nacional, onde a maioria de seus membros fazem parte da minoria brasileira.