Novo formato de PLR é fundamental aos bancários

Publicado em: 17/09/2009
Novo formato de PLR é fundamental aos bancários

A onda de fusões e aquisições que tomou conta do sistema financeiro nacional nos últimos anos transformou o balanço dos bancos num verdadeiro hieróglifo, que nem os mais entendidos dos economistas conseguem decifrar. Com isso, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos bancários virou uma incógnita e pode ser manipulada ao bel prazer dos bancos, sempre para reduzir o benefício.



Para evitar surpresas, os bancários reivindicam este ano a simplificação da PLR e a sua valorização. Depois de meses de negociação, a resposta dos bancos vem na quinta-feira 17. “A mudança no formato da PLR é fundamental, pois se ficar o modelo atual praticamente nenhum bancário receberá o valor adicional este ano. Isso significa uma perda muito grande e não vamos aceitar, nem que para isso seja preciso encampar mais uma greve para pressionar os banqueiros”, avisa o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.



Na última rodada de negociações que discutiu a PLR, em 2 de setembro, o Comando Nacional dos Bancários conseguiu arrancar da Fenaban o compromisso de mudar o modelo de pagamento. “É um avanço, já que os bancos têm mantido resultados elevados, sem necessariamente apresentar grande variação. Na negociação desta quinta-feira (17), esperamos uma contraproposta dos bancos e que atenda nossa reivindicação. Não podemos admitir que a bagunça dos balanços prejudique os bancários, principalmente os funcionários dos bancos em processo de fusão, que representam a metade da categoria”, afirma Marcolino.



Propostas dos bancários – O Sindicato já apresentou aos bancos, em negociações pré-campanha ao longo dos últimos meses, propostas de novos modelos para tornar mais justa a distribuição do lucro aos trabalhadores. Basta os banqueiros aceitarem um desses modelos. Para o pagamento da regra básica da PLR, os bancários querem três salários mais R$ 3.850.



Para o valor adicional à PLR, a idéia é a mesma: simplificar e evitar distorções decorrentes do balanço. O Sindicato apresentou aos banqueiros uma série de propostas de simplificações com base na distribuição de um percentual de uma conta do banco. Por exemplo, 5% do lucro líquido, ou 5% da receita de prestação de serviços, ou 5% da receita de crédito.