Nova proposta tem aumento real, valorização do piso e PLR

  Após um dia inteiro de negociações, finalmente, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta formal à categoria bancária na noite da última sexta-feira, dia 14. A greve dos trabalhadores completa 21 dias, contabilizando mais de 9 mil agências e centros administrativos fechados em todo o Brasil.

  Bancários de todo país, realizam assembleias hoje, dia 17, para discutir e votar as propostas apresentadas durante a sétima rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo. Também serão debatidas as propostas específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

   A orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), é de aceitação das três propostas, com a suspensão da greve e volta ao trabalho.

  A Fenaban propõe reajuste salarial de 9% (inflação do período mais aumento real de 1,5%), valorização do piso da categoria em 12%, que passaria para R$ 1.400,00 (aumento real de 4,3%) e melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com elevação da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400,00 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional para R$ 2.800,00 (reajuste de 16,7%).

  A proposta dos bancos inclui também avanços nas condições de saúde, segurança e trabalho. Conquistamos uma cláusula que proíbe a divulgação de rankings individuais dos funcionários, como forma de frear a cobrança das metas abusivas, combatendo o assédio moral e outra que obriga os bancos a coibir o transporte de numerário por bancários, que deve ser realizado conforme a lei federal nº 7.102/83, através de vigilantes.

  Os dias de greve não serão descontados, mas serão compensados em até duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, até o dia 15 de dezembro e, assim como nos anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.

BANCOS PÚBLICOS

  As propostas específicas do BB e da Caixa também apresentam melhorias para os bancários, envolvendo questões de carreira e condições de trabalho, dentre outras.

  Entre os principais avanços, destacam-se a PLR social e a contratação de 5 mil empregados na Caixa e a valorização do plano de cargos e salários no BB.