Negociação com Itaú avança em teletrabalho, PCR e bolsa educação

Publicado em: 16/11/2022
Negociação com Itaú avança em teletrabalho, PCR e bolsa educação

A Coordenação de Organização dos Empregados (COE) do Itaú reuniu-se com representantes do banco, no último dia 09/11, para tratar dos temas quitação do banco de horas, teletrabalho e ponto eletrônico, parcelamento de dívidas e Programa Remuneração e Bolsa Educação.

O Itaú apresentou um balanço sobre o acordo de quitação de horas já assinado com 123 entidades sindicais, que cobrem cerca de 56 mil funcionários. Entre essas entidades estão Fetec-SP, Feeb SP/MS, Feeb BA/SE, Federa-RJ e Fetrafi-RJ (esta, parcial).  Às demais federações, ainda sem acordo, o banco apresentou proposta para um piloto de seis meses, para ser assinado juntamente com o acordo de teletrabalho. A proposta será avaliada pelas entidades sindicais até o final de novembro.

A COE apresentou uma proposta que prevê prioridade ao teletrabalho para pais e mães que têm filhos pequenos e funcionários com mobilidade reduzida. A medida, porém, ainda vai ser detalhada, pois deve ser adequada em relação a áreas que não estão atuando com trabalho remoto. O valor dos custos será corrigido em cerca de 25%, passando a R$ 100,00, e será pago todo mês, e não mais a cada semestre. Esse acordo supera os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que prevê custos de R$ 86,40 e a exigência de, no mínimo, 50% de dias úteis trabalhados remotamente para o benefício. O valor será pago inclusive nos seis meses do projeto piloto. Outra reivindicação da COE foi que o desconto do percentual referente ao vale transporte seja calculado apenas sobre os dias trabalhados presencialmente, e não mais sobre o mês completo.

Parcelamento de dívidas - O parcelamento das dívidas relacionadas à antecipação do auxílio-doença ainda está em debate entre as entidades sindicais, que não alcançaram um consenso.   Embora o banco tenha manifestado preferência por um acordo de âmbito nacional, afirmou que aceitará acordos em separado.

PCR e bolsa educação - A proposta dos trabalhadores foi para renovar o acordo da Participação Complementar de Resultados (PCR), apenas com correção do valor. O mesmo foi proposto para as bolsas de estudo, que atualmente são de R$ 499,00. Ao todo são 5,5 mil bolsas para primeira graduação, segunda graduação e pós-graduação (4,5 mil para bancários e 1 mil para funcionários da holding). No novo acordo, serão acrescentadas 47 novas bolsas. O tema será debatido dia 22, em reunião virtual.