Mulheres são maioria entre desempregados e ganham em média 21% menos que homens

Apesar de representarem 44% do total da força de trabalho do país, as mulheres são maioria entre os desempregados (55,5%). Elas ainda recebem, em média, 21% menos que os homens (o equivalente a R$ 2.305 para elas e a R$ 2.909 para eles). Esses são alguns destaques do Boletim Especial “8 de março, Dia da Mulher”, divulgado nesta segunda, 6, pelo Dieese.
O relatório do Dieese aponta que, do total de mulheres ocupadas, a proporção de subocupadas, ou seja, que trabalham menos de 40 horas, mas gostariam de trabalhar mais, foi superior à dos homens: 7,8% delas estavam nessas condições, enquanto entre os homens, o percentual ficou em 5,1%.
“A desigualdade de gênero no mercado de trabalho é uma das consequências da injustiça social”, destaca a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes. “Então, assim como o relatório do Dieese coloca, o mercado de trabalho reafirma um desequilíbrio presente em todas as esferas sociais, sob a forma do machismo e do racismo”, completa.
O Dieese afirma ainda que, mesmo sendo ampla maioria em determinado setor, as mulheres recebem muito menos que os homens. Nos serviços domésticos por exemplo, enquanto elas representam 91% dos ocupados o salário é 20% menor que a média recebida pelos homens. Assim como no agrupamento educação, saúde e serviços sociais: enquanto elas totalizam 75% da força de trabalho, recebem em média 32% menos que os homens.
Para acessar o boletim do Dieese na íntegra, clique aqui.