Mídia esconde recessão, desemprego e reajuste do salário mínimo abaixo da inflação

Publicado em: 15/01/2018
Mídia esconde recessão, desemprego e  reajuste do salário mínimo abaixo da inflação

Apesar das comemorações do governo golpista de Michel Temer (PMDB) de que a inflação de 2017 foi a menor desde 1998, os números do IBGE evidenciam, de fato, a recessão da economia brasileira, o que a mídia golpista esconde. Também não  merecem destaque nas redes de comunicação, que estão nas mãos de meia dúzia de famílias ricas, o aumento do desemprego e o reajuste do salário mínimo abaixo da inflação, descumprindo a legislação assinada pela presidenta deposta Dilma Rousseff (PT). Além disso, o índice rebaixado é parâmetro para o reajuste de aposentados e pensionistas, que recebem acima de um salário mínimo.


Se fosse corrigido pelo INPC, o mínimo teria subido de R$ 937,00 para R$ 956,00, em vez dos R$ 954,00 válidos atualmente e que representam a menor correção desde 1995, primeiro ano após a criação do real. O valor também ficou aquém dos R$ 965,00 que o Congresso Nacional havia aprovado dentro no Orçamento da União para 2018.


A jogada ensaiada da mídia financiada pelos golpistas é mostrar que o país está bem, porque a inflação ficou abaixo da meta, mas isso é questionável. O que está acontecendo é uma brutal recessão, mais de 12 milhões de desempregados, empresas fechando e informalidade aumentando.


De fato, embora os números mostrem redução no valor de alguns itens, que compõem os cálculos da inflação, como os alimentos, outros produtos, como gás de cozinha, a gasolina, a  energia elétrica, o transporte e os planos de saúde, vêm aumentando assustadoramente e oneram as despesas das famílias. Segundo dados da  Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), entre outubro de 2016 e de 2017, caiu o rendimento médio real dos ocupados (-0,7%) e o dos assalariados (-0,4%). Decresceu também a massa de rendimentos dos ocupados (-1,6%) e dos assalariados (-2,5%), em decorrência de reduções nos rendimentos médios e nos níveis de emprego.