Metas continuam abusivas no Unibanco

Banco impõe números que são impossíveis de serem alcançados e deixam bancários pressionados
Os funcionários do Unibanco relatam que a pressão para bater metas nas agências está deixando o ambiente de trabalho insuportável. Dirigentes sindicais estão sendo procurados pelos trabalhadores que contam os bastidores das reuniões onde são feitas as cobranças para vendas de produtos.
De acordo com as denúncias dos bancários, os gestores em nenhum momento fazem uma análise correta dos números impostos e ainda cobram qualidade na venda. A pressão é tão forte que os trabalhadores acabam prestando um serviço sem informar corretamente as características do produto oferecido ao cliente, para se livrar da ameaça de demissão.
Com estas metas abusivas que o banco pratica, os funcionários estão vulneráreis a adquirir doença ocupacional e leva os trabalhadores a cometerem erros no dia-a-dia.
“Os bancários relataram que durante as reuniões os gestores dizem que as metas não podem ser feitas de qualquer jeito, mas ao mesmo tempo ele se negou a rever os números, que estavam foram da realidade. Orientamos os trabalhadores a não aceitar a pressão e denunciar ao Sindicato para que possamos cobrar respeito”, afirma a dirigente do sindicato e funcionária do banco, Renata Mattos
Reunião – O presidente do Sindicato de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, irá levar a denúncia à mesa de negociação com o Itaú Unibanco, desta terça-feira 3, marcada para discutir os direitos dos trabalhadores pós-fusão. O fim do assédio moral e das metas abusivas, que é um dos eixos da campanha nacional da categoria, será pautado na negociação.