Mais um dia de chuvas fortes em Petrópolis e mais uma demonstração de despreparo nos bancos
Mais uma vez, fortes chuvas atingiram Petrópolis no final da madrugada e início da manhã desta quarta-feira (17). O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registrou 170 mm de chuva em apenas 6 horas.
Os dados colhidos na estação pluviométrica automática no bairro Independência no meio da manhã indicavam um volume de 171 mm de precipitação entre 4h20 e 10h20 — o que indica uma chuva torrencial em um curto espaço de tempo.
Às 7h29, a Defesa Civil municipal emitiu um alerta extremo. A prefeitura suspendeu as aulas em toda a rede municipal, fechou o Centro Histórico e retirou moradores das áreas de risco. O transporte público da cidade ficou suspenso por algumas horas.
Foram registrados 40 ocorrências até às 14h. Entre os casos estão deslizamentos, quedas de árvores, destelhamentos, alagamentos e inundações em diferentes regiões. Carros também foram arrastados e engolidos pela enxurrada e, até o momento, uma pessoa está desaparecida. A cidade ficou em estágio de alerta por todo dia e a Defesa Civil esteve nas ruas realizando atendimentos e reforçando que a população evitasse deslocamentos, não enfrentasse áreas alagadas e ficasse atenta aos sinais de deslizamento e aos comunicados oficiais.
Agências bancárias demonstram desencontro em meio ao caos
Enquanto a chuva forte assolava a cidade e alagamentos, interdições de ruas e interrupção do transporte público aconteciam, alguns gestores de agências, mostrando total despreparo e falta de preocupação com a segurança das pessoas, convocavam os trabalhadores (bancários e terceirizados) para abrirem as agências bancárias na cidade.
O sindicato, com a ajuda da Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), esteve em contato com os bancos e os setores de relações sindicais e de pessoas, solicitando que medidas de prevenção e segurança fossem adotadas. Muitos gestores seguiram as recomendações e tiveram o bom senso de orientar para que todos ficassem em suas casas. Com exceção de uma agência do Banco do Brasil e uma do Itaú que, em meio ao caos, foram as primeiras a abrirem as portas. Durante o passar das horas a situação e o desencontro só piorava, com dependências do mesmo banco, algumas localizadas no mesmo prédio, tomando decisões desencontradas em relação ao retorno das atividades.
O SindBancários Petrópolis repudia qualquer atitude que não tenha como preocupação a segurança dos trabalhadores em primeiro lugar e vai cobrar, dos bancos, uma unificação nas medidas de prevenção a serem adotadas.