Lucros estratosféricos contradizem terrorismo econômico dos bancos
O recente e deplorável episódio envolvendo o Banco Santander jogou um pouco de luz nos subterrâneos do mercado financeiro, que já há um bom tempo vem chantageando a sociedade, os trabalhadores e o governo com suas análises e previsões catastróficas.
Num primeiro momento, quando o Copom começou a baixar a taxa Selic, em meados de 2011, o propósito era emparedar as autoridades monetárias para seguirem a agenda do dito mercado.
Conseguiu parcialmente, forçando, por exemplo, a subida da taxa básica de juros de 7,25%, naquele momento, para os 11% atuais. Mais recentemente, o "mercado" acrescentou a esse objetivo o terrorismo explícito para influenciar os resultados das urnas em outubro.
Mas como acreditar que estamos a um passo do precipício, quando olhamos para os balanços dos próprios bancos, recém-saídos do forno? Somente as três maiores instituições financeiras privadas que operam no Brasil (Itaú, Bradesco e Santander) apresentaram lucro líquido de R$ 19,7 bilhões no primeiro semestre deste ano, um incremento de 30,9% em relação ao mesmo período de 2013.
Apesar desses lucros estratosféricos, os bancos fecharam mais de 35 mil postos de trabalho desde 2011, na contramão do restante da economia brasileira, além de demitirem milhares de bancários fazendo rotatividade para baixar custos e ganhar ainda mais.