Lucro recorde, mesmo com mudanças

Publicado em: 22/08/2011
Lucro recorde, mesmo com mudanças

  Até 1993, boa parte dos lucros bancários era através da inflação, que chegava a 32% ao mês. As taxas mais elevadas das organizações financeiras eram justificadas pelo risco de o capital ser pulverizado pela hiperinflação ou pela inadimplência de credores duvidosos, como o próprio governo federal.



  Os bancos brasileiros sobreviviam, basicamente, de emprestar dinheiro para o governo. No período Collor, os juros chegaram a 40% ao ano pela compra de títulos públicos (ativos de renda fixa que constituem opção de investimento para a população) e o financiamento de programas nas áreas de educação, saúde e infraestrutura.



  A partir da criação do Plano Real, em 1994, a crença era que o controle da inflação seria contra os lucros bancários. Contudo, as empresas, driblaram as mudanças econômicas e continuaram lucrando alto. A fórmula encontrada foi financiar o consumo e o investimento privado, que garantem ganhos ainda maiores do que os alcançados no passado.



  A prova de que os bancos lucram em qualquer situação, ficou ainda mais concretizada entre 2008 e 2009, no início da crise financeira mundial.



  Com todas essas mudanças político-econômicas que aconteceram em diversas épocas, fica claro que as organizações financeiras podem atender a pauta de reivindicações, resultado de intensos debates entre os trabalhadores.