Itaú Unibanco, Bradesco e Santander brigam por lugar ao sol no RJ

A disputa pelo metro quadrado mais caro do país não se restringe mais aos edifícios que cobrem a faixa mais charmosa da orla do Rio. Nos cerca de oito quilômetros de calçadão, canteiros centrais e de ciclovia que se estendem do Leme ao Pontal, o espaço já começa ser pequeno para as marcas dos maiores bancos privados do país.
O assédio dos bancos Itaú Unibanco, Bradesco e Santander começa já na Lagoa Rodrigo de Freitas, cuja ciclovia se liga às praias, por entre Ipanema e Leblon. É possível começar o passeio do outro lado da Lagoa, alugando uma bicicleta laranja-Itaú. Em um dia de sol, as "laranjinhas", como rapidamente foram apelidadas pelos cariocas, parecem estar por toda parte. Ainda na primeira etapa do percurso na Lagoa, até a primeira semana do mês de janeiro, era possível avistar plantada em pleno espelho d'água, uma árvore de natal de 85 metros de altura, alardeado em diversas mídias em anúncios do Bradesco e para quem gosta de alongar os músculos pela orla em modernos aparelhos de ginástica, estes se encontram devidamente adornados por anúncios do Santander.
Toda essa corrida por visibilidade em pontos turísticos do Rio é alimentada por dois fatores. Um deles é que a cidade se tornará sede da olimpíada de 2016. Com esse status, a cidade empresta às marcas que investem nela uma visibilidade que vai muito além de suas fronteiras. O outro fator que alimenta a corrida é mais imediatista, eles disputaram as contas dos servidores do Estado, que eram atendidas pelo Itaú.