Itaú discrimina e não valoriza bancários com mais tempo de casa

Publicado em: 09/09/2021
Itaú discrimina e não valoriza bancários com mais tempo de casa
Se no Itaú já é rotina funcionários reclamarem da exploração e desvalorização impostas pelo banco, para quem tem mais tempo de trabalho a situação é ainda pior, caracterizando discriminação aos bancários mais antigos.

 

Os sindicatos denunciam que as constantes mudanças praticadas pelo banco, com novos projetos e reestruturações, como é o caso do programa Gera e do projeto Itaú 2030, confirmam que a empresa está em busca de um novo perfil de funcionário em que não há espaço para os trabalhadores com mais tempo de casa.

No dia 25 de agosto, em reunião com o Comando Nacional dos Bancários e os representantes dos sindicatos, o Itaú apresentou o que considera “o banco do futuro” prometendo que, nesta nova era, “não há espaço para discriminação”, mas “uma busca constante pela diversidade” e profunda mudança de cultura.

 

Mas no cotidiano dos locais de trabalho a realidade é outra. Sindicatos em todo o país têm recebido denúncias de que trabalhadores com mais tempo de banco estão sendo desprezados e discriminados pelas novas políticas do Itaú.

 

Muitas das denúncias foram relatadas por trabalhadores desligados que passaram pelo processo de Comissão de Conciliação Voluntária (CCV). Os funcionários incluíram na justificativa de seus pedidos, o assédio moral e os danos morais que sofreram através de constrangimentos e exposições em reuniões, inclusive com chacotas feitas pelos gestores.

 

O tom dos gestores chega ao nível da ameaça de demissão: “O que você pretende no banco? É preciso pensar no futuro porque seus dias estão contados”, dizem os empregados que deram toda uma vida ao trabalho.