Insistência do governo Bolsonaro no desmonte do setor público agrava crise econômica

Os gestores das empresas multinacionais podem ser tudo, menos despreparados. A saída das três fábricas da montadora Ford no Brasil, da fábrica da General Mills de Nova Prata (RS) – responsável pela marca Yoki – da Sony de Manaus e de 11 lojas da gigante varejista Forever 21, todas anunciadas neste mês de janeiro aconteceram devido à insistência do governo Bolsonaro em manter a política de contração da atividade econômica, aprofundando o ajuste fiscal, o que inviabilizará a retomada da economia, seja em função do gigantesco corte de investimentos públicos, das reformas, do desmonte do setor público (serviço público e estatais), seja com demissões em massa no segmento, redução de sua estrutura e privatizações. Tudo isto, agravado pela pandemia do novo coronavírus.
Um levantamento do IBGE divulgado em outubro passado mostra que o Brasil fechou mais empresas do que abriu nos últimos anos. Esse quadro é reflexo do cenário econômico brasileiro.
Em 2019, pela primeira vez, o país desapareceu do Índice Global de Confiança para Investimentos Estrangeiros, publicado pela consultoria americana Kearney. No ranking da Kearney, o Brasil caiu para sexto lugar em 2015, 16º em 2017 e foi para último colocado em 2018, até deixar a lista em 2019. No ano passado, o país retomou um lugar no ranking, ficando em 22º lugar entre 25 países.