HSBC tem lucro acima do esperado

Anunciado nesta segunda-feira 01/08, o lucro mundial do HSBC foi de U$11,5 bilhões no primeiro semestre. Apesar dos enormes ganhos, o maior banco da Europa deverá fazer 30 mil cortes ao se retirar de mercados que não estão gerando lucros suficientes para o banco.
O HSBC também informou que cortou 5.000 empregos em meio à reestruturação em andamento na América Latina, nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Oriente Médio e que eliminará outros 25 mil postos até 2013. “Haverá mais cortes de empregos", disse o presidente-executivo do banco, Stuart Gulliver.
No domingo o HSBC anunciou que venderá 195 agências nos EUA ao First Niagara Financial por cerca de US$ 1 bilhão em dinheiro, além de fechar outras 13 das 470 filiais que possui naquele país.
O banco também planeja vender o portfólio de cartão de crédito nos EUA, que soma mais de 30 bilhões de dólares em ativos, como forma de levantar capital.
A Contraf-CUT já enviou um documento ao presidente do HSBC no Brasil, Conrado Engel, cobrando explicações sobre as demissões. "Também faremos contato com o diretor executivo de Recursos Humanos do HSBC para as Américas, João Rached. O objetivo é sabermos qual será o impacto do corte aos bancários no Brasil e em todo o continente", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças.
"No dia 03 de agosto, acontecerá uma reunião da COE HSBC em São Paulo, para discutir as 30 mil demissões em todo o mundo. É inadmissível que a empresa anuncie demissões simultaneamente ao lucro astronômico atingido somente neste primeiro semestre", informou o diretor do Sindicato e funcionário do banco Jorge Papoula, que participará da reunião.