HSBC paga PLR hoje, mas deixa bancários sem PPR

Publicado em: 26/02/2010
HSBC paga PLR hoje, mas deixa bancários sem PPR

O HSBC paga hoje a Participação dos Lucros e Resultados (PLR) para seus funcionários. Em reunião realizada com a Comissão de Organização dos Empregados (COE HSBC), no entanto, o banco informou que não vai pagar o Programa de Participação nos Resultados (PPR/PSV). A justificativa da empresa é que não foram atingidos os resultados que garantissem seu pagamento.

O pagamento da PLR vai ser feito conforme a regra básica da CCT, 90% do salário + R$ 1.024,00 + R$ 428,00 de PLR adicional, descontando o que já foi antecipado no ano passado como sendo uma 1ª parcela.

"Isso representa uma conquista dos funcionários e de todo movimento sindical, visto que o banco está pagando agora a diferença de 26,2%, que foi feito a menor no ano passado e provocou a reação de bancários e sindicalistas por todo país", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT e funcionário do banco.

 "Vale ressaltar que o valor de pagamento da PLR adicional não é passível de compensação com os valores adiantados no programa próprio (PPR/PSV). O banco pagou ano passado R$ 251,00 de PLR adicional e agora + R$ 428,00", completa Miguel.

Segundo o secretário, o não pagamento do programa próprio gera descontentamento e desmotivação. "Para  os  funcionários  da  área de vendas, (eletivos ao PSV), o pagamento referente ao atingimento das metas no 1º semestre de 2009 serão agora também descontados do pagamento da PLR, o que piora a situação", diz.

Para amenizar o problema criado aos funcionários pelo não pagamento, o banco está antecipando um percentual equivalente a 15% de um valor de referência a ser instituído no PPR 2010 que segundo o banco será apresentado no mês de março deste ano.

Os representantes dos bancários irão aguardar a publicação do balanço para fazer análise detalhada e a partir daí encaminhar as medidas cabíveis sobre o assunto. Um novo encontro da comissão dos empregados ocorrerá na próxima semana.

"Este tipo de problema só reforça a tese de que o mais importante é lutarmos cada vez mais para a melhoria da PLR contratada na Convenção Coletiva, como ocorreu neste último ano. Além de garantir pagamento a todos, sem a vinculação e exigência de cumprimento de metas, é com essa parcela que os trabalhadores podem contar. Já nos programas próprios estamos sempre sujeitos a variáveis determinadas apenas pelos banqueiros", diz.

"Precisamos construir outra forma de negociação específica com o HSBC que não seja a via da comissão interna para o PPR", completa Miguel.

 


Fonte: Contraf-CUT