Governo volta a defender a flexibilização trabalhista

Publicado em: 11/12/2020
Governo volta a defender a flexibilização trabalhista

O governo Bolsonaro insiste na ideia falaciosa de retirar direitos dos trabalhadores para gerar empregos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que o país tem de encontrar mecanismos para incluir no mercado de trabalho 40 milhões de pessoas e, para isso, argumenta a necessidade de flexibilizar a legislação trabalhista, inclusive, citou a Carteira de Trabalho Verde e Amarela como uma das ferramentas.


O argumento de Guedes é uma grande mentira. A mesma promessa aconteceu na época de tramitação da reforma trabalhista, aprovada em 2017 no então governo Temer. A legislação precarizou as relações de trabalho e instituiu o contrato intermitente.


Segundo sindicalistas, que lutam diariamente por melhores condições de emprego no país, a precarização do trabalho e o desemprego só crescem no país, mesmo com a flexibilização dos direitos trabalhistas. De acordo com dados do IBGE, a contratação intermitente representou 1% de todos os contratos com carteira assinada em 2019.


O movimento sindical defende a revogação reforma trabalhista, que mesmo após três anos, não gerou empregos. Pelo contrário. O Brasil possui 14,6% da população economicamente ativa no desemprego.