Governo Bolsonaro não reajusta valor da merenda escolar e crianças são obrigadas a dividir até ovo nas escolas

Publicado em: 16/09/2022
Governo Bolsonaro não reajusta valor da merenda escolar e crianças são obrigadas a dividir até ovo nas escolas

Último reajuste, aprovado pelo Congresso em agosto deste ano, foi vetado por Bolsonaro sob a alegação de que isso poderia estourar o teto de gastos


Com as verbas federais destinadas à merenda escolar congeladas há cinco anos, crianças estão recebendo carimbos para não repetir o prato, dividindo um ovo para até quatro pessoas, além de sofrer com a falta de itens básicos, como carne e arroz.


O último reajuste, aprovado pelo Congresso em agosto deste ano, foi vetado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) sob a alegação de que isso poderia estourar o teto de gastos e afetar outros programas sociais. 


O Projeto de Lei Orçamentária enviado ao Congresso também não prevê reajuste para o exercício de 2023.


De acordo com a imprensa, os gestores municipais alegam que a  defasagem do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), de responsabilidade do governo federal, tem elevado os custos municipais, uma vez que a inflação da cesta básica, que inclui feijão e verduras,registrou alta de 26,75% entre maio de 2021 e maio deste ano.


O Pnae atende 41 milhões de estudantes e o valor é repassado diretamente para Estados e municípios. O valor diário é de R$ 1,07 para as creches, R$ 0,53 para a pré-escola e de R$ 0,36 para o ensino fundamental e médio. O Ministério da Educação  disse, em nota, que o programa alcança todos os alunos matriculados na rede pública e que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) não possui autonomia para elevar os valores per capita que são repassados.