Gerentes se reúnem com administração BB para tratar de sobrecarga resultante da reestruturação

Gerentes de serviço conseguiram realizar uma reunião com a administração do Banco do Brasil, na última semana,para tratar a respeito do acúmulo de funções que vem causando o adoecimento entre os funcionários. O encontrou ocorreu em resposta a um ofício enviado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com o pedido para uma reunião entre as duas partes.
A situação de sobrecarga, que vem se agravando desde 2017, ocorre, mais especificamente, nas agências do interior e nas chamadas agências mistas, que não estão nos grandes centros. De lá para cá, o banco foi paulatinamente eliminando cargos de gerente de atendimento, passando as funções para os gerentes de serviço.
Segundo representantes dos funcionários que estiveram no encontro, o banco não apresentou nenhuma proposta para alterar o cenário de sobrecarga dos gerentes de serviços: “A resposta que o banco nos deu, foi que, no entendimento deles, não há acumulo de funções, porque o nível gerencial, para os gerentes de serviço, continua o mesmo, que é o terceiro nível”, contou um trabalhador que esteve no encontro. “Essa foi a primeira resposta do banco. Mas eles disseram que vão avaliar nossas reclamações e responder mais adiante”, completou.
“As diversas reestruturações que vem ocorrendo no banco, desde 2017, estão resultando na sobrecarga e adoecimento dos funcionários que ficam. Essa questão atinge mais as agências que não estão nos grandes centros, nas capitais, que ainda têm gerentes para cada área. Já no interior, ocorreu uma redução da folha, consequentemente, sobrecarga dos gerentes que restaram e acabaram acumulando funções”, avaliou João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB). ”Você tem que fazer um serviço que ninguém reconhece, mas que tem que ser feito de forma correta, porque senão você pode ser responsabilizado, inclusive, pecuniariamente, ou com demissão, porque, na questão da tesouraria, se você errar, é você que vai pagar essa diferença, é você que vai responder por isso, e você tem que fazer outro serviço que nunca foi seu e que passou a ser seu para o banco economizar na questão salarial”, completou.