Ganância de banqueiros por lucros, deixa 89 municípios brasileiros sem unidades bancárias e impõe demissões em massa

Publicado em: 18/10/2021
Ganância de banqueiros por lucros, deixa 89 municípios brasileiros sem unidades bancárias e impõe demissões em massa

O jornal, Folha de São Paulo, em matéria publicada no domingo, dia 10/10, revelou o quanto a ganância dos banqueiros e a política de dilapidação do setor público pelo Governo Bolsonaro ameaçam o emprego da categoria bancária. De março de 2020 até setembro foram extintas no Brasil 2.080 agências.


O fechamento de unidades físicas se deve ao avanço e a concorrência de fintechs, cooperativas e bancos digitais no setor financeiro, que explicam em parte da extinção de agências. No entanto, este é um processo que já vem acontecendo ao longo dos anos e o sistema financeiro sempre se utilizou das novas tecnologias para reduzir custos com  mão de obra e aumentar os lucros. O Itaú, por exemplo, anunciou o fechamento, no Rio de Janeiro, de duas grandes agências na Avenida Rio Branco, até dezembro deste ano.


Na pandemia, os bancos tiveram que ampliar o Home Office, atendendo uma reivindicação dos bancários para proteção das vidas contra a Covid-19. Apesar de necessário, esta mudança serviu como um grande laboratório para as estratégias dos bancos de avançar com plataformas digitais e reduzir custos administrativos com aluguéis de espaços comercias, energia elétrica e despesas com empregados. Fato é que o setor mais lucrativo do país extingue empregos aos milhares para acumular ainda mais dinheiro.


Quem mora ou tem parentes no interior sabe da importância de uma agência bancária para o desenvolvimento dos pequenos municípios. É o que está acontecendo no Brasil. Cada vez mais voltados para unidades de negócios, os bancos privados estão fechando suas agências nos pequenos municípios.


O Banco do Brasil, por exemplo, começou este ano, uma reestruturação que prevê o fechamento de 361 unidades, incluindo em cidades menores que ficarão sem agência bancária.