Fim da violência contra a mulher é reivindicação antiga da categoria

Publicado em: 18/02/2020
Fim da violência contra a mulher é reivindicação antiga da categoria

         A escolha das bancárias da luta pelo fim da violência contra a mulher e do feminicídio como a principal bandeira no Dia Internacional da Mulher, na consulta realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), fortalece uma antiga reivindicação da categoria.



Em reunião realizada com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Comando Nacional dos Bancários cobrou o canal de atendimento às bancárias vítimas de violência. O debate sobre a proposta já havia sido iniciado em abril deste ano, na mesa de igualdade de Oportunidades, mas até hoje o canal não foi criado.



Pesquisa realizada pela Universidade Federal do Ceará revela que a violência doméstica custa cerca de R$ 1 bilhão por ano ao mercado do trabalho nacional. O cálculo é baseado no índice de absenteísmo: o número de mulheres violentadas que tem de faltar no emprego. As ausências ocorrem tanto em decorrência das licenças médicas e tratamentos quanto em função abalo psicológico que enfrentam após uma agressão.



A pesquisa levou em consideração o valor da hora trabalhada por mulheres e utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para estimar o efeito das faltas no trabalho nos demais estados do País.



“A expectativa é que a Fenaban possa dar continuidade nas discussões que já foram iniciadas na mesa de Igualdade de Oportunidades e tornar essa proposta uma realidade dentro dos bancos, o que será fundamental para dar a proteção e o respeito que precisam, além de manter o respeito no ambiente de trabalho”, disse a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis.