ESPECIAL ITAÚ UNIBANCO

Publicado em: 12/07/2011
ESPECIAL ITAÚ UNIBANCO

ELES MENTEM E ESTÃO DEMITINDO


  Na fusão entre Itaú e Unibanco, em 2008, os presidentes Roberto Setúbal e Pedro Moreira Sales prometeram que o emprego dos funcionários estaria garantido.



  Mentiram, descumpriram o compromisso assumido, e as demissões tornaram-se rotina no banco.



  Os trabalhadores não podem aceitar a ameaça do desemprego.


Apesar do lucro recorde, demissões ameaçam bancários


  O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, declarou publicamente na época da fusão entre Itaú e Unibanco, em 2008, que não aconteceriam demissões.



  O movimento sindical participou de diversas mesas de negociações, inclusive na última que aconteceu dia 19 de abril, e recebeu a promessa do banco de que o emprego seria garantido. Se oficialmente as demissões em massa estão descartadas, na prática a história é outra.



  As entidades sindicais vêm fazendo a denúncia das demissões, inclusive com manifestações e mobilizações.



  É importante destacar que a reportagem da Exame Finanças, na edição do dia 15 de    junho, comprova que o Itaú Unibanco iniciou um duro programa de corte de custos e reorganização interna “para atingir o grau de eficiência que seus acionistas esperam”.



  Apenas nos meses de abril e maio, de acordo com a revista, em São Paulo cerca de 350 profissionais deixaram o banco, a maioria deles pertencente à área de crédito ao consumidor, que engloba a financeira e o segmento de cartões de crédito. No país inteiro, já foram demitidos mais de 3.666 bancários, só em Petrópolis foram demitidos 10 bancários.



  As demissões vêm ocorrendo em todos os setores do banco. Segundo a revista Exame, comenta-se no banco que mais bancários serão demitidos quando for fechado o centro de processamento de dados do Unibanco, previsto para ocorrer até o fim do ano.



  As demissões vêm piorando as condições de trabalho. Para suprir a demanda dos clientes, trabalhadores estão sendo sobrecarregados, além de conviverem com desvios de função e o fantasma da terceirização. Os sindicatos estão recebendo denúncias de que gerentes operacionais estão deixando suas funções para assumir atendimento nos caixas.



  Diante de tal precarização, os trabalhadores do Itaú Unibanco de todo o país retomaram as mobilizações contra as demissões da empresa. Para combater esta situação, as entidades sindicais retomaram a Campanha Nacional contra as demissões. A ideia é organizar atividades e materiais para mobilizar os trabalhadores e denunciar aos clientes as práticas do Itaú Unibanco.



  Com lucro recorde de R$ 3,53 bilhões no primeiro trimestre de 2011, as demissões são injustificáveis.