Em 12 meses, bancos eliminaram 6,7 mil postos de trabalho

Publicado em: 28/12/2021
Em 12 meses, bancos eliminaram 6,7 mil postos de trabalho

 As demissões no setor bancário atingem números alarmantes. Em 12 meses encerrados em setembro foram fechados 6.763 postos de trabalho. No total, foram 44.003 demissões. A imensa maioria (45,7%) sem justa causa. 


Outro dado mostra o lado perverso das empresas. Na pandemia de março de 2020 a setembro de 2021, 55 mil bancários foram desligados, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Somente o Bradesco foi responsável por mais de 8 mil demissões.

 

Mesmo sendo o setor que mais lucra no Brasil, no primeiro semestre colocou nos cofres mais de R$ 67 bilhões, o sistema financeiro continua com a onda de desligamentos. Isso é alarmante, porque significa que a categoria está diminuindo, embora o número de clientes cresça. Um mecanismo imperdoável adotado pelos bancos, que não contribui para o desenvolvimento social e econômico do país e ainda adoece os trabalhadores, extremamente sobrecarregados nas agências.

 

Além do corte de vagas, a rotatividade continua alta e as empresas lucram alto com o movimento. Segundo o Caged, o salário mensal médio dos admitidos corresponde a 92,9% da remuneração média dos bancários desligados. Em setembro, o salário médio do admitido foi de R$ 5.049, enquanto os desligados recebiam em média R$ 5.437,02.