Eleições 2022 serão fundamentais para impedir a privatização dos bancos públicos

Publicado em: 23/09/2022
Eleições 2022 serão fundamentais para  impedir a privatização dos bancos públicos

A história já mostrou, no final do anos 90, que a privatização de bancos públicos, como ocorreu com as instituições estaduais, como Banerj e Banespa, é trágica para os bancários e muito ruim para a sociedade. O resultado foi a demissão em massa de trabalhadores e muitos tiveram que se virar para sobreviver, virando motorista de táxi ou arriscando micro negócios comerciais que muitas vezes não deram certo num país de economia tão instável.


As eleições presidenciais e para o Congresso Nacional deste ano serão decisivas em relação aos bancos públicos federais, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e Finep. De um lado o projeto de “privatizar tudo” do ministro da Economia do governo Bolsonaro (PL), Paulo Guedes, e do outro, a proposta de Lula de fortalecer e recuperar o papel social das instituições públicas e estatais. A Petrobras também está na mira do atual governo e a Eletrobras já foi privatizada.


"Qual o plano para os próximos dez anos? Continuar com as privatizações. Petrobras, Banco do Brasil, todo mundo entrando na fila”, disse Guedes à imprensa, em setembro do ano passado. A partir do golpe de 2016, o BB fez uma reestruturação que o funcionalismo e os sindicatos só ficaram sabendo através da grande mídia. O então presidente Michel Temer havia dito que o BB tinha funcionários comissionados em excesso e mais de 800 gerentes gerais sofreram com descomissionamento e redução de salários. Nos últimos cinco anos, o banco fechou 1.400 agências e reduziu 23 mil funcionários. Há ainda a entrega de subsidiárias importantes para outras empresas do mercado, como o caso da BB DTVM, com R$ 1,4 trilhão no mercado financeiro entregue ao banco suíço UBS, sob o manto de ‘parceria.