Direção da Caixa é o retrato do desgoverno Bolsonaro

Assim como o governo federal, a direção da Caixa Econômica Federal atua de forma absolutamente incoerente com o que fala. O presidente da empresa, Pedro Guimarães, grava vídeos dizendo que “as pessoas estão em primeiro lugar”, mas o que ocorre é um verdadeiro massacre através da prática de assédio moral para cumprimento de metas, chegando ao cúmulo de antecipar os salários dos trabalhadores para que estes pudessem atingir suas metas de vendas de ações promovendo a venda para si próprios. “O presidente da Caixa alega que em suas visitas pelo país percebeu a necessidade de contratações a despeito da constante reivindicação das entidades representativas dos trabalhadores e se gaba por realizar contratações que só puderam ser realizadas, na verdade, em razão de ação judicial impetrada por nossas entidades. E ainda aciona o Jurídico da empresa para entrar com recurso contra a ação que garante as contratações dos concursados de 2014”, rebate o diretor do SEEB Rio e funcionário da Caixa, Rogério Campanate.
Na avaliação do sindicalista, é comum entre os empregados a visão de que a empresa é uma espécie de ‘microcosmos do Brasil’, o que é verdade em grande parte em razão da influência do governo federal sobre a direção do banco. ”Nesse momento, a direção da Caixa não é apenas influenciada pelo governo, mas é cúmplice dele. E a reiterada aparição de Pedro Guimarães nas lives de Bolsonaro, inclusive com símbolos de apoio à ‘supremacia branca’ corroboram essa visão”, critica Campanate.