Digitalização dos bancos demite bancários

Publicado em: 01/11/2019
Digitalização dos bancos demite bancários

Os cincos maiores bancos do país aderiram fortemente à inteligência artificial e estão usando cada vez mais a tecnologia, principalmente via telefone celular, nos serviços oferecidos aos clientes.


O país tem hoje 242 milhões de celulares, o que representa mais de 1 por habitante, incluindo smartphones, computadores, notebooks e tablets, de acordo com a Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP). Essa disseminação de equipamentos tecnológicos que as instituições financeiras usam para prestar diversos tipos de serviços tem provocado uma onda de demissões de bancários, redução no número de agências eletrônicas e cada vez menos atendimento na boca do caixa. Os banqueiros chamam esse processo de reestruturação. Os trabalhadores sabem que o pesado investimento em novas tecnologias significa mais desemprego e clientes prejudicados.


Mesmo com o crescimento dos lucros, os bancos continuam com as demissões. De janeiro de 2013 à 2019, já foram 63.934 postos de trabalho fechados no setor, tanto por causa do avanço da digitalização quanto os efeitos da reforma Trabalhista do ilegítimo  Michel Temer (MDB).


Quando a nova lei entrou em vigor, a primeira providencia dos banqueiros foi anunciar Programas de Demissão Voluntária (PDVs) e outros tipos de contratos precários de trabalho legalizados pela reforma.