Dia da Consciência Negra é momento de luta

O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado amanhã, dia 20 de novembro, lembra o assassinato de Zumbi dos Palmares, no ano de 1695. Durante todo o mês de novembro, movimentos e setores organizados promovem atividades inspiradas no histórico de combate à escravidão e na rebeldia do povo negro no enfrentamento ao racismo estrutural na sociedade brasileira.
O Brasil ainda alimenta o mito da democracia racial em negação à realidade de um país racista, em que a grande vítima da violência policial é o negro, em que a juventude preta é assassinada na rua, em que a mulher negra é a que mais sofre com o machismo e a que mais morre vítima da violência racial e doméstica.
Amanhã, o Brasil se manifesta contra todo o retrocesso promovido pelo governo atual, que ataca o processo de reparação dos quase 350 anos de escravidão da população negra. Uma série de atos serão promovidos para marcar o Dia da Consciência Negra e protestar contra Bolsonaro, um presidente racista.
Mais de 60 manifestações já estão confirmadas em cidades de todo o país. No entanto, esse número deve ser ampliado. “As manifestações deste ano concentram o ‘Fora Bolsonaro racista’ porque esse governo além destruir o país com sua política econômica voltada para beneficiar os bancos e grandes empresas transnacionais, gerando mais desemprego, inflação, aumento da miséria e da fome, promoveu um desmonte de seguidas conquistas que o movimento negro vinha obtendo ao longo de anos de luta. Houve corte de verbas para comunidades quilombolas e para o Programa de Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial, afirmou o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar.