Denúncia de assédio sexual indigna a Caixa e o Brasil

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, entregou seu pedido de demissão na tarde de ontem, 29/06, ao presidente da república. A decisão foi tomada depois que várias empregadas do banco o acusaram de assédio sexual.

Pedro Guimarães foi acusado de assédio sexual por várias empregadas da Caixa, informação divulgada no dia 28/06, pelo site Metrópoles. Em poucos minutos a notícia ganhou repercussão nacional, em especial na Câmara dos Deputados, onde vários parlamentares pediram em plenário a demissão do executivo.

Segundo a reportagem, no fim do ano passado, um grupo de empregadas ligadas ao gabinete da presidência da Caixa, romperam o silêncio com uma denúncia, ao Ministério Público Federal (MPF), do assédio sexual que vinham sofrendo. Desde então, o MPF toca as investigações em sigilo. Cinco das vítimas falaram à reportagem citada sob anonimato.

Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, a saída de Pedro Guimarães da presidência da Caixa não é suficiente. “É preciso que seja contratada consultoria independente para apurar, inclusive, se houve conivência da alta direção, pois, se houve denúncias em órgãos internos, também é preciso saber porque as mesmas não foram encaminhadas”, disse. “Além disso, assédio sexual é crime previsto no Código Penal. Se as acusações forem comprovadas, é preciso que haja a devida punição, conforme define a Lei”, completou Juvandia.