Demissões voltam a assombrar bancários no fim de ano

Publicado em: 24/11/2021
Demissões voltam a assombrar bancários no fim de ano

Na chegada do fim de ano, e ainda com a pandemia em curso, que mantém um saldo de mais de 13 milhões de desempregados, o Itaú, que obteve lucro de R$ 19,7 bilhões entre janeiro e setembro de 2021, voltou a promover dezenas de demissões nos últimos dias, muitas delas na Central de Atendimento.


Muitas das dispensas foram de trabalhadores que estavam voltando de licença médica por doenças como depressão, síndrome do pânico e síndrome de burnout, adquiridas justamente no trabalho para o banco. Outros foram demitidos durante o período de reabilitação, ou ainda que continuam em home office por serem do grupo de risco para o coronavírus. Além disso, houve casos de funcionárias que foram dispensadas ao voltar da licença maternidade.


Na hora da demissão, os bancários frequentemente ouvem justificativas como “o banco está reestruturando e você não se encaixa mais no perfil da área”, “você não está mais nos planos do banco” ou, simplesmente, “o banco optou por te demitir”.


No terceiro trimestre de 2016, o Itaú tinha 67,9 milhões de clientes, número que saltou para 87,5 milhões no terceiro trimestre de 2021. Um aumento de 28,9%. A quantidade de trabalhadores, por sua vez, aumentou apenas 5,5% no mesmo período, passando de 81.737 para 86.195. Os dados são do Banco Central e das Demonstrações Financeiras do Itaú.


“Nas suas campanhas o banco usa a hashtag #feitocomigo, mas esta realidade mostra que o mais apropriado seria #feitosemvocê ou #feitoparademitir.