CUT propõe incluir defesa de informais e desempregados na luta sindical

Publicado em: 10/10/2019
CUT propõe incluir defesa de  informais e desempregados na luta sindical

Para combater o neoliberalismo econômico e as perdas de direitos promovidas pelo atual governo, é necessário mudar a forma de atuação sindical e defender também os desempregados, os contratados sem carteira e sem direitos e os informais que não têm quem os represente.


“Como diz o Papa Francisco, precisamos ser sentinelas e cuidar também de quem perdeu seus empregos. Se queremos de fato ser a Central dos Trabalhadores não podemos ter a lógica de defender só quem tem carteira assinada. Precisamos cuidar dos desempregados, dos que perderam a dignidade e perderam toda a possibilidade de terem alguma proteção social do Estado”, defendeu a vice-presidenta da CUT, Carmen Foro.


A proposta foi feita durante os debates da mesa “Sindicatos fortes, direitos, soberania e democracia”, formada pelo presidente da CUT, Vagner Freitas, a vice-presidenta da entidade Carmen Foro, o secretário de Relações Internacionais, Antonio Lisboa e pelo ex-ministro das Relações Exteriores do governo Lula, Celso Amorim. O debate ocorreu na terça-feira 08/10, durante o 13º Congresso Nacional da CUT (Concut), que está sendo realizado na Praia Grande (SP).


Nos momentos mais dramáticos para o país e para a classe trabalhadora, quando o Brasil parou para assistir a articulação política, midiática e jurídica do golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff e colocou em seu lugar um presidente afinado com os empresários e os banqueiros, disposto a tirar direitos sociais e trabalhistas, a CUT foi capaz de dialogar em conjunto com os movimentos sociais, importantes instrumentos para a luta coletiva, como as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, resgatando a verdadeira luta de classes.