Crédito fácil pode ser armadilha

Os bancos registraram inadimplência recorde, que chegou a 4% em setembro, mas pretendem ampliar o crédito.     O Bradesco promete um mínimo de 20% e o Itaú-Unibanco espera crescer a carteira de crédito em até 25%. Longe de ser uma medida controversa, a atitude dos bancos tem um motivo bem simples: a possibilidade de aumentar ainda mais os lucros com a cobrança de juros.

    A população deve ficar atenta ao crédito fácil, pois os juros, que continuam altos, são os principais responsáveis pelo grande numero de consumidores que não conseguem honrar as dividas.

    De acordo com o banco Central, semana passada, o Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizou Ação Civil Pública contra dez instituições financeiras, que estão estabelecendo taxas de juros superiores a 30% da média do mercado. A redução dos juros e do spread bancário são bandeiras constantes do movimento sindical para facilitar o acesso ao crédito e alavancar o desenvolvimento do país.