Corte de 90% das verbas da ciência representa o fim da pesquisa no Brasil

A pandemia da Covid-19 mostrou ao mundo a importância da pesquisa científica. O Brasil teria tudo para produzir suas próprias vacinas que já foram criadas por universidades brasileiras, mas o presidente, Jair Bolsonaro impediu. Países infinitamente mais pobres, como Cuba, já produziram suas próprias vacinas para imunizar a população.
No campo econômico, não há como haver desenvolvimento sustentável sem o domínio do conhecimento. Esta realidade é compreendida por governos do mundo inteiro. Não para o presidente da nação brasileira. Nosso governo anunciou, através do Ministério da Economia, um corte de 90% (R$600 milhões) nas verbas para a ciência. Por mais maluco que possa parecer, o governo alega que “precisa de dinheiro para garantir carros pipas para a região do nordeste” em função da crise hídrica.
Num país que não falta verba para parlamentares apoiarem o governo no Congresso Nacional e não votar o impeachment de Bolsonaro e o Ministério do Meio Ambiente anistia multas de crimes ambientais, certamente não é falta de dinheiro.
O próprio ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, criticou o corte em seu Twitter: “Falta de consideração. Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos. Ainda mais quando são feitos sem ouvir a Comunidade Científica e Setor Produtivo. Isso precisa ser corrigido urgentemente”, desabafou. A declaração fez o ministro levar uma bronca do chefe, o presidente Bolsonaro, que não aceita críticas nem de aliados.