Contraf-CUT quer resposta da Caixa sobre declarações de Rodrigo Maia

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou na última semana um ofício ao presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, cobrando dele um posicionamento em defesa da Caixa sobre a afirmação do Deputado Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados.
Em entrevista ao jornalista, Fernando Rodrigues, no programa “Poder em Foco”, do SBT, o Deputado declarou que a Caixa Econômica Federal “rouba” R$ 7 bilhões por ano do trabalhador.
“O presidente do banco não pode ouvir isso e não pedir nenhuma explicação ao deputado, que é o presidente da Câmara dos Deputados e tem sob sua responsabilidade o encaminhamento de grandes temas de interesse do povo brasileiro”, criticou a presidente da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.
No ofício, a Contraf-CUT ressalta ainda que “tal declaração, além de prejudicar a imagem do banco, coloca em questão os serviços prestados na gestão dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e, consequentemente, a atuação dos empregados da Caixa, responsáveis pela execução de tais serviços”.
O secretário de Finanças da Contraf-CUT e vice-presidente da Federação Nacional das Associações de Empregados da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, afirmou que o interesse do deputado é depreciar a Caixa para facilitar transferência dos recursos do FGTS para os bancos privados que, esses sim, causaram perdas de recursos do FGTS para os trabalhadores. “Estão de olho nos recursos do fundo, que são dos trabalhadores. Mas, não podemos nos esquecer que, até 1991, os bancos privados geriam esses recursos e eles se mostraram extremamente ineficientes”, disse Takemoto, lembrando que bancos que administravam o fundo entravam em processo de liquidação e os trabalhadores perdiam os recursos que estavam depositados neles.