Consumo de Tarja Preta pela categoria bancária

Publicado em: 20/07/2023
Consumo de Tarja Preta pela categoria bancária

A pressão por atingimento de metas e estresse são as principais fontes de doenças dos bancários. A Rede Brasil Atual fez uma matéria sobre os problemas enfrentados pela categoria e que infelizmente tendem a ser cada vez maiores. Os sindicatos dos bancários afirmam que a pressão para que sejam cumpridas as metas individuais da agência são o ponto chave para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, depressão e distimia.

Em torno de 65% dos bancários jovens, reclamam de estresse. Outros 52% afirmam ter dificuldades para relaxar por conta da necessidade de alta produtividade. O cansaço e fadiga acometem 47% e destes, 40% afirmam sentir formigamento nos ombros, braços e mãos.

O assédio moral é vertical e acomete tanto homens quanto as mulheres. Em torno de 24% dizem ter vivido situação de constrangimento, mas quando são descritas algumas das experiências vivenciadas por parte do grupo, as taxas se elevam para 42%.

Além do mais, com o digital crescendo exponencialmente, as agências bancárias estão se tornando locais menos frequentados. Assim, ano após ano, mais profissionais são desligados dos grandes bancos. O que aumenta o medo de se tornar um desempregado.

Portanto, com tantos problemas enfrentados por esses profissionais, recorrer ao recurso medicamentoso para amenizar os efeitos do trabalho, faz com que o consumo de tarja preta por parte dos profissionais bancários seja elevado em comparação com outros profissionais.

Além do mais, a classe bancária apresenta alta incidência de Síndrome de Burnout, um transtorno de tensão emocional de caráter depressivo relacionado ao trabalho em que o estresse leva a pessoa ao esgotamento e exaustão. Então, o uso de medicamentos para a ansiedade e depressão é uma estratégia defensiva em que, traz uma falsa sensação de controle e tolerância às pressões do trabalho.