Comando cobra da Fenaban respeito à cota para pessoas com deficiência

A legislação determina que empresas com mais de mil empregados tenham pelos menos 5% de pessoas com deficiência em sua folha de pessoal, exigência que não vem sendo respeitada pelos bancos. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2019 – apresentados à Fenaban na negociação da última semana pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – esse índice chegava a apenas 3,4% da categoria, ou 15.568 empregados.
Na negociação, o Comando Nacional dos Bancários cobrou o respeito à cota de 5%. “Além de mais contratações, a categoria bancária exige a plena inclusão e integração de trabalhadores e trabalhadoras com deficiência e o combate efetivo a qualquer forma de discriminação”, ressaltou o secretário de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Jordão.
Acrescentou que também é dever de todos, sociedade e empresa, garantir que haja garantia plena para que seu trabalho seja feito em condições dignas e com respeito a suas limitações ou recomendações médicas.
Entre as ações necessárias para o cumprimento das cláusulas específicas relacionadas aos bancários com deficiência, estão cursos de formação, conhecimento de Libras por pelo menos um funcionário por setor, promoção de acessibilidade universal, subsídio a aquisição de equipamentos (cadeiras de roda, muletas, prótese, bengala, óculos, aparelho auditivo, órteses) e a concessão de transporte especial e de financiamento de veículo.
Após todas as reuniões, que seguem até 11 de agosto, os representantes da Fenaban nas negociações levarão aos bancos as propostas do Comando. Ao final, será apresentada uma proposta global, com todos os temas em negociação.