Com terceirização, bancos desafiam Justiça e economizam em mão-de-obra

Desde a década de 1990, os bancos vêm terceirizando os serviços essenciais para a conclusão das operações bancárias. Na verdade, o objetivo dos bancos com a terceirização é economizar na mão-de-obra, já que esses trabalhadores, apesar de executarem tarefas bancárias, ganham em média 1/3 do piso da categoria, têm carga horária maior e não usufruem de direitos conquistados em Convenção Coletiva como PLR, vales refeição e alimentação, auxílio-creche, entre outros.
Foi constatado que na década de 1980 os serviços terceirizados pelos bancos eram basicamente de segurança e limpeza. Na década seguinte, a terceirização no sistema financeiro já atingia as áreas de compensação, tesouraria, retaguarda, processamento de documentos de malotes, tele-atendimento, entre outras. Além disso, foi nesse período também que começaram a proliferar os correspondentes bancários que hoje chegam a mais de 185 mil pontos em todo o país e as financeiras disfarçadas de promotoras de crédito.
No Brasil não tem lei que regulamente o tema, mas, o Enunciado 331 do TST (Tribunal Superior do Trabalho) proíbe a terceirização de atividades fim, apesar de permitir a contratação de uma empresa para realizar atividades meio, desde que especializada.
Está mais do que provado que os bancos terceirizam atividades essenciais para o sistema financeiro, agindo na ilegalidade, cometendo fraudes trabalhistas e desafiando a Justiça.