CEF 159 anos! O que comemorar?

No domingo, 12/01, a Caixa completou 159 anos de existência. Apesar da sociedade ter muito a comemorar com o banco 100% público, os bancários devem estar prontos para continuar com a luta em defesa dos seus direitos, arduamente conquistados através de décadas.
Os bancários da Caixa sempre deram exemplo de organização, mobilização e luta. São eles os maiores responsáveis pelo o que a Caixa é hoje e aqueles que, realmente, merecem os parabéns. “Lembro, ao me tornar bancário em novembro de 2001, que a Caixa acumulava um prejuízo de, aproximadamente, R$ 300 milhões no segundo semestre daquele ano. Hoje a Caixa lucra, em média, mais de R$ 1 bilhão por mês! Fruto do trabalho árduo de seus funcionários”, lembra o Presidente do SindBancários Petrópolis, Marcos Alvarenga.
Breve histórico das lutas e desafios enfrentados pelos bancários da Caixa:
1985: O primeiro Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal) foi em 1985, e também a primeira greve no banco que, com 100% de adesão, assegurou a jornada de 6 horas.
Anos 90: Marcados pela mobilização e resistência contra as intenções privatistas de Collor e FHC. Collor demitiu 2,5 mil concursados. O ato desencadeou campanha nacional e a readmissão dos demitidos, conquista da campanha salarial de 1990.
Era FHC (1995-2002): Ocorreram demissões em massa, arrocho salarial e fraudes nos balanços para simular prejuízos e justificar sua venda. De 65 mil empregados em 1994, o quadro foi reduzido para 55.691 em 2002. Além disso, bancários amargaram campanhas com reajuste zero, perseguições e demissões.
Governos Lula e Dilma: Foram marcados pelo fortalecimento da Caixa enquanto banco público. A luta dos empregados surtiu efeito e o diálogo com o governo se tornou permanente. Os empregados conquistaram, entre outros direitos, o Saúde Caixa, o Plano de Cargos e Salários 2008 e a PLR Social.
Novos ataques: A partir do golpe travestido de Impeachment de 2016, teve início um novo período de ataques contra a Caixa 100% pública e seus empregados, com redução de operações e cortes (planos de aposentadoria e demissões). Mas a luta dos empregados se intensificou e foram fechadas duas campanhas vitoriosas, dentro desse cenário adverso, em 2016 e 2018.
Governo Bolsonaro: Pedro Guimarães assumiu a Presidência da Caixa falando em fatiar e vender partes do banco.
2020: Ano de Campanha Nacional dos Bancários que exigirá, mais do que nunca, muita mobilização e resistência. É necessário defender a mesa de negociações unificada e a convenção coletiva nacional, além claro, lutar para que a Caixa continue sendo 100% pública. E mais uma vez, as bancárias e bancários da Caixa Econômica Federal, serão protagonistas nessa luta.