Campanha Nacional dos Bancários 2020 Saiba tudo que ocorreu até agora

Obs: A assembleia acontecerá nessa quinta-feira, 27/08, às 19h, pelo link:
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1ª Rodada de Negociação: Contraf-Cut negocia regulamentação do home office.
Em mesa com a Fenaban (Federação Nacional dos bancos), ocorrida na terça-feira 4 de agosto, os bancários reforçaram que é fundamental garantir direitos para quem exerce o regime de home office (teletrabalho). O assunto foi a pauta da primeira rodada de negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2020, realizada por videoconferência. Os trabalhadores reivindicaram novas cláusulas na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da categoria que regulamente a questão.
A reivindicação foi baseada em pesquisa da Contraf-CUT e Dieese, que mostrou que bancários e bancárias em home office enfrentam diversos problemas nessa modalidade.
Veja os principais pontos reivindicados sobre home office:
1. Concessão de todos os benefícios previstos na CCT;
2. Fornecimento de equipamentos necessários para o desempenho das funções do trabalhador;
3. Pagamento dos custos do home office pelo empregador (como energia elétrica, internet, etc);
4. Controle da jornada;
5. Telefone para contato em caso de problemas;
6. Metas: não deve ser feita cobrança por celular, WhatsApp ou outro aplicativo.
Na mesa, o Comando defendeu a proposta de novas cláusulas e mostrou que as reivindicações foram embasadas na pesquisa. A Fenaban informou que já havia feito uma reunião sobre o assunto com todos os filiados e que os bancos disseram não ter interesse de tratar a questão nas rodadas da Campanha, segundo eles, por se tratar de algo que caberia a cada banco. Apesar disso, o representante da Fenaban disse que, diante da pesquisa e dos dados apresentados, levará a questão aos bancos e dará o retorno em novas reuniões com o Comando.
2ª Rodada de Negociação: Bancários reivindicam manutenção dos empregos.
Emprego bancário foi o tema da segunda rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2020. Na mesa com a Fenaban, os trabalhadores apresentaram dados sobre a redução de postos de trabalho nos bancos. De janeiro de 2013 a dezembro de 2019 os bancos fecharam 70 mil postos de trabalho, o que equivale a uma redução de cerca de 14% da categoria. Sendo que 51 mil postos foram cortados só entre 2016 e 2019. Os trabalhadores reivindicaram a manutenção dos empregos e a suspensão das demissões.
Os cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) lucraram, juntos, R$ 108 bilhões em 2019. Um crescimento de 30,3% em relação a 2018. O bom desempenho se mantém mesmo com o agravamento da crise pela pandemia do Coronavírus (somente no primeiro trimestre deste ano, eles já lucraram R$ 18 bilhões).
Os representantes da Fenaban pediram um tempo para discutir as propostas apresentadas. Disseram que vão reunir representantes dos bancos para avaliar as propostas dos bancários sobre defesa do emprego.
3ª Rodada de Negociação: Contraf-CUT cobra da Fenaban melhorias para saúde dos bancários.
A terceira rodada de negociação abordou saúde e condições de trabalho e os bancários iniciaram a reunião cobrando avanços nessa área.
A categoria reivindica a manutenção de todas as cláusulas sobre o tema na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT); medidas para garantir a saúde de quem está em home office (que estão previstas na proposta de nova cláusula sobre a modalidade); medidas de proteção contra o Coronavírus e também de prevenção contra surtos, epidemias e doenças crônicas; e ainda ações contra as metas abusivas que, comprovadamente, adoecem os bancários.
Mas os bancos responderam com propostas de alterações nas cláusulas 29 e 57 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que retiram direitos dos bancários e ainda propuseram a adoção de rankings positivos de metas, o que é proibido na CCT desde 2011.
Retiradas de direitos propostas pelos bancos:
A cláusula 29 da CCT assegura ao bancário que está recebendo auxílio-doença previdenciário ou auxílio-doença acidentário, uma completação salarial pelo banco, que corresponde à diferença entre o valor do benefício e o salário do bancário. A CCT garante esse direito por 24 meses, mas a Fenaban propôs reduzir esse prazo para 12 meses.
A cláusula 57 trata do período de "limbo", quando o bancário ainda está esperando o benefício da Previdência, mas o banco já deixou de pagar seu salário por ele já ter autorizado o afastamento pelo INSS. A cláusula atual prevê que o banco pague um adiantamento ao bancário por até 120 dias, garantindo assim que ele não fique sem renda. Mas os bancos querem que esse período seja reduzido para 90 dias.
Outro ponto é a volta do ranking de performance. A Fenaban argumenta que o ranking positivo não expõe os trabalhadores de baixa performance, apenas valoriza os que batem as metas. Mas o Comando destacou que essa também é uma forma de expor os bancários, pois deixaria em evidência os que ficaram de fora.
4ª Rodada de Negociação: Comando cobra a implementação do canal de atendimento a bancárias vítimas de violência.
Na mesa de negociação com a Fenaban sobre Igualdade de Oportunidades, os bancários cobraram que os bancos incorporem à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) o canal de atendimento a bancárias vítimas de violência, que foi acordado na Campanha de 2018 e lançado oficialmente em março de 2020. Cobrou ainda que o canal seja de fato implementado por todos os bancos, já que o processo foi prejudicado pela pandemia de Coronavírus.
Os bancos tinham se comprometido a apresentar os dados do Censo da Diversidade 2019, outra conquista acordada na Campanha de 2018, mas não o fizeram. Ficou decidido que uma nova reunião será marcada para que a Fenaban, finalmente, apresente os números do Censo.
5ª Rodada de Negociação: Bancos apresentarão proposta no dia 18 de agosto.
Nesta rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2020, os trabalhadores discutiram com a Fenaban suas principais reivindicações econômicas e sociais. A categoria quer aumento real de 5% (5% acima da inflação), PLR, vales-alimentação, refeição e auxílio-creche/babá maiores, Plano de Cargos e Salários, suspensão da terceirização, instauração de uma comissão bipartite para debater mudanças tecnológicas, isenção de tarifas para funcionários, indenização adicional para coibir dispensas imotivadas, entre outras.
Os bancos ficaram de apresentar respostas às reivindicações na próxima mesa, agendada para o dia 18 de agosto.
6ª Rodada de Negociação: Fenaban propõe reduzir PLR dos bancários em até 48%.
A negociação ocorrida em 18/08 com a Fenaban começou muito mal. A Federação dos Bancos apresentou uma proposta que pode reduzir em até 48% a PLR dos bancários.
O Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria nas negociações com a Fenaban, rejeitou a proposta na mesa e deixou claro que a categoria não aceitará esse retrocesso.
7ª Rodada de Negociação: Bancos querem retirar 13ª cesta e diminuir gratificação.
Os bancos, setor mais lucrativo da economia, seguiu querendo retirar direitos conquistados há décadas pelos bancários. Na mesa de negociação do dia 20/08, a sétima rodada da Campanha Nacional dos Bancários 2020, a Fenaban propôs retirar a 13ª cesta alimentação e diminuir a gratificação de função de 55% para 50%. Não apresentou proposta para as demais reivindicações dos bancários.
O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta na mesa e uma nova negociação foi agendada para o dia 21 de agosto.
8ª Rodada de Negociação: Bancos propõem reajuste ZERO!
Na oitava rodada de negociações os bancos propuseram reajuste ZERO para a categoria, o que representa uma perda de 2,65% nos salários dos bancários. E continuaram sem apresentar propostas para as demais reivindicações da categoria, como as relativas à saúde, questões sociais, de emprego e condições de trabalho, inclusive no home office.
O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta de reajuste zero na mesa e a Fenaban pediu uma pausa. Ao retornar, a Fenaban informou que consultaria os bancos. Uma nova negociação ficou marcada para o sábado, 22 de agosto.
9ª Rodada de Negociação: Fenaban insiste em retirada de direitos.
Os bancos insistem em retirar direitos dos trabalhadores. A Fenaban fez uma nova proposta rebaixada de PLR (que continua resultando em redução dos valores distribuídos aos bancários) e manteve a proposta de diminuição da gratificação de função de 55% para 50%.
A Fenaban também apresentou uma proposta de home office, que ainda será analisada pelos bancários e voltou atrás na retirada da 13ª cesta alimentação, proposta na mesa de sexta 21/08. Mas continuaram sem apresentar propostas para as demais reivindicações.
Insistiram também em NÃO reajustar os salários da categoria bancária e sequer repor a inflação, o que resultaria em perda de 2,65% nos salários.
O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta na mesa e reforçou que não aceita retirada de direitos.
A Fenaban sugeriu continuar a negociar no final de semana e uma nova rodada foi marcada para o dia seguinte, sábado 22/08.
10ª Rodada de Negociação: Negociação com Fenaban não avança o suficiente e bancários se mobilizam.
Na reunião deste sábado, após muita pressão os bancos retornaram com a 13ª cesta alimentação e apresentaram uma nova proposta de PLR, mas que ainda representa uma perda já que reduz a parcela adicional e os tetos. A Fenaban acenou ainda com a possibilidade de se chegar a um acordo sobre a regulamentação do teletrabalho. A proposta será analisada pelo Comando Nacional.
11ª Rodada de Negociação: Fenaban propõe acordo de reajuste zero por dois anos.
As negociações foram retomadas na terça-feira, 25/08. A Fenaban quer que os bancários fiquem sem reajuste nos salários por dois anos. Propuseram um abono de R$ 1.656,22 para este ano e de R$ 2.232,75 para 2021. Retornaram com a figura do abono salarial, que não repõem metade da inflação do período, não incide sobre décimo terceiro salário, férias e previdência (a única incidência será o desconto no Imposto de Renda). Pioraram ainda mais a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
O Comando rejeitou a nova proposta na mesa e vai se basear na resposta que a categoria dará nas assembleias para definir as próximas ações.
12ª Rodada de Negociação: Reajuste Zero não dá.
Pouco se avançou na questão do reajuste salarial, mas houve recuo por parte dos representantes dos bancos na retirada de direitos da categoria.
Os bancos recuaram em mexer na regra da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e ficou mantida a parcela adicional que é de 2,2% do lucro líquido sem alterar a regra. Porém, os representantes dos bancos insistiram no reajuste zero para 2020, só abono. Propuseram um abono de R$ 1.656,22 para este ano. Para o ano que vem, a proposta apresentada foi de repor 70% da inflação pelo índice do INPC a partir de 1º de setembro e os outros 30% depois de seis meses, ou seja, os bancos estão propondo o parcelamento do reajuste salarial em 2021.
As questões relativas à saúde e condições de trabalho ainda deverão ser discutidas entre o Comando e a Fenaban. Houve concordância em negociar o teletrabalho, mas ainda não foi finalizada a questão da jornada, dos móveis e dos valores. O Comando espera que a Fenaban sinalize no ressarcimento de custo de internet e com equipamentos.
O Comando Nacional criticou a postura da Fenaban de insistir no reajuste zero para este ano e o parcelamento do INPC para 2021. Foi agendada uma nova negociação para a tarde desta quinta-feira (27), antes das assembleias nos sindicatos.
Hoje tem tuitaço e assembleia!
A luta não para! Logo mais às 13h a categoria bancária faz mais uma pressão sobre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com o tuitaço. Participe e venha tuitar a hashtag #BancosExploram.
A pressão é importante porque uma hora depois, às 14h, começa a 13ª rodada de negociações. O Comando Nacional d@s Bancári@s espera que os representantes dos bancos apresentem uma proposta que não tenha o reajuste salarial zero.
No início da noite, às 19h, assembleias marcadas em sindicatos de todo o país, vão avaliar se a Fenaban mudou de ideia.
“Estamos na reta final da nossa Campanha Nacional, em um ano repleto de desafios. Se não bastassem as consequências nefastas da Reforma Trabalhista e a crise político-econômica, enfrentamos uma crise sanitária mundial, em decorrência da pandemia do Coronavírus. Aproximadamente 60% da categoria bancária está trabalhando em casa. Os demais estão nas agências, sobrecarregados e mais expostos à contaminação pelo Covid-19. Os bancos continuam lucrando bilhões e tratando redução do lucro como prejuízo e, pior, querendo impor retirada de direitos aos maiores responsáveis por esse lucro: as bancárias e bancários. A Fenaban insiste no discurso de reajuste ZERO. Mesmo num cenário que 42% das demais categorias tenham fechado acordos com aumento real (acima da inflação). Nossa Convenção Coletiva de Trabalho vence nessa sexta-feira e os bancos se recusaram a aceitar a ultratividade, que prorrogaria nossos direitos até assinatura de um novo acordo. Precisamos ter consciência de tudo que está em jogo e da realidade atual. Vamos refletir, conversar com colegas, nos informar e participar das assembleias para votar e decidir qual rumo essa campanha deve tomar”, disse Marcos Alvarenga, Presidente do SindBancários Petrópolis.
A assembleia acontecerá nessa quinta-feira, 27/08, às 19h, pelo link abaixo. Participem!
https://bancarios.votabem.com.br/