Caixa: Negociações serão retomadas nesta terça (10)

Publicado em: 10/09/2024
Caixa: Negociações serão retomadas nesta terça (10)

A Contraf-CUT, representando o Comando Nacional dos Bancários, enviou um ofício à Caixa Econômica Federal, na sexta-feira (6), solicitando a reabertura das negociações e a manutenção dos direitos estabelecidos no ACT que perdeu a vigência no dia 31 de agosto (ultratividade). A medida foi tomada depois que a proposta da Caixa foi rejeitada nas assembleias que se encerraram na noite de quinta-feira (5).

A Caixa Econômica Federal respondeu ao ofício da Contraf-CUT e marcou a retomada das negociações para esta terça-feira (10), a partir das 17h, além de garantir a ultratividade até 17/09.

A Contraf-CUT orientou os sindicatos de sua base a realizar uma nova assembleia para a deliberação sobre a nova proposta, caso ela exista, e/ou para a deflagração da greve. Na base do SindBancários Petrópolis a assembleia ocorrerá no formato presencial na sexta-feira (13), na sede da entidade. O edital de convocação será publicado nessa quarta-feira (11).

O diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro, afirmou que mais de uma versão da minuta circulou entre os empregados e gerou confusão e insegurança na hora do voto.

As negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados da Caixa se estenderam por oito rodadas, trazendo uma série de avanços de direitos. O texto prevê o fim da função por minuto, a incorporação da gratificação após 10 anos na função, a redução da jornada, sem redução salário, para pais de PcD/TEA; a criação de GT para discutir a possibilidade de manutenção do plano pós-aposentadoria para contratados pós-2018 e o fim do teto de gastos da Caixa com a saúde dos empregados; e mais uma série de cláusulas sociais.

“Foi quase uma década de retrocessos e muita luta pra resistir às incessantes tentativas de ataques aos nossos direitos. Muita coisa que nunca esperávamos ver em termos de ataque aos empregados, assédio, clima de terror nas unidades e menosprezo das relações humanas ainda deixavam certo clima de desconfiança quanto ao andamento das negociações, porém, ao longo das rodadas com a Caixa, pudemos ir desfazendo isso e reconstruir pontes para voltar a avançar em temas fundamentais como saúde, estabilidade na função, com incorporação de função e demais temas”, avalia Rafael.