Caixa continua sendo usada em campanha eleitoral antecipada

Mais uma vez, empregados da Caixa Econômica Federal estão acusando o presidente do banco, Pedro Guimarães, de utilizar o banco e sua imagem para fazer campanha eleitoral antecipada para o atual presidente da República. As denúncias têm como base o vídeo “Caixa: mudança histórica de postura garante investimentos a quem mais necessita”, postado do canal pessoal no Youtube do presidente da República, com depoimento do presidente da Caixa, se configura como campanha eleitoral antecipada, segundo a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) do banco, Fabiana Uehara Proscholdt.
Para Fabiana, apesar de discordar do uso inapropriado da imagem do banco, o vídeo é providencial. “Mostra exatamente o desprezo que ele e este governo têm pela coisa pública, pelo banco público” disse. “Querer se gabar de que este governo está vendendo a Caixa e que antes isso não existia é, no mínimo, falta de bom senso. Vender a Caixa não é um bom negócio. Só este governo privatista, sem compromisso com o país e com o povo brasileiro, acredita que se desfazer da Caixa e demais empresas públicas seja um bom negócio”, completou, lembrando que, em diversos países, está havendo uma onda de reestatização dos serviços públicos que haviam sido privatizados.
O livro O Futuro é Público, baseado em uma pesquisa do Transnational Institute (TNI), um centro de estudos em democracia e sustentabilidade sediado na Holanda, revela que mais de 1,4 mil serviços foram reestatizados no mundo todo entre 2000 e 2017. Na maioria dos casos, em decorrência de a administração pela iniciativa privada se mostrar problemática e ineficaz. No Brasil, a publicação foi realizada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e está disponível, gratuitamente, em versão digital (aqui).
“Trata-se de uma obra importantíssima, com diversas informações que mostram os motivos pelos quais a privatização dos serviços públicos não é um bom negócio para o país e tampouco para a população. Por isso, deve ser lida por todas as pessoas que defendem as empresas e os serviços públicos”, afirmou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.